quarta-feira, 8 de junho de 2011

QUESTIONAMENTOS AO GOVERNADOR DO PIAUI


Curioso eleitor que sou pergunto-me, por vezes, se o Excelentíssimo Senhor Governador do Piauí nos ouve, tão-somente, nos períodos de campanha. Querendo, de pronto, afastar essa impressão “pessimista” – como diria o próprio em seus discursos – passo a crer que o aglomerado de “secretários” disso e “assessores” daquilo estão em campo justamente desenvolvendo essa tarefa: estar onde o povo está, onde as opiniões estão. Seja nas reuniões populares, seja nos meios de comunicação lá estão os seus combativos escudeiros para levar a palavra amiga que o chefe do Executivo parece não mais saber do que se trata.

Encastelado como ele só, rodeado por sua “guarda pretoriana” sempre disposta a protegê-lo dos crescentes dissabores dos piauienses, questiono-me, ainda, se uma mensagem eletrônica como essa que você lê agora poderá chegar a ele. Será que as mídias passam por uma “filtragem” antes de serem colocadas às vistas do “tratorzão”, zelando para que ele não venha a deflagrar uma onda de destemperos? Bem, ainda que os meus questionamentos não avancem pelo “coador” que há entre o que chega e o que sai daquele nobre governante, não custa nada imaginar que esta mensagem chegará a ele tal qual foi escrita.

Pois bem: Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, a população mais precisa de um líder justamente nos momentos de crise. Por onde anda Sua Excelência que não comparece aos meios de comunicação? Sua saúde, como noticiam os meios oficiais, anda a “mil por cento”. É bom ouvir a palavra dos seus representantes, mas foi o senhor que tentou me convencer a entregar meu voto à sua confiança. O senhor, nessa época, não me esclareceu que os seus representantes me representariam.

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, de onde Sua Excelência retirou a idéia de que instituições como a OAB e o Ministério Público poderiam atrapalhá-lo em vez de auxiliá-lo? Se estas trabalham em prol da sociedade – assim como deveria Sua Excelência – a união de esforços teria um resultado mais benéfico para todos, não é mesmo? Onde o senhor mandou capacitar seus assessores? No Oriente Médio? Na China? Na Venezuela?

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, o senhor vai mesmo pagar a conta do seu antecessor sem responsabilizá-lo? Irá empenhar o Estado mesmo já tendo sido empenhado na administração anterior? Vai tirar do papel as inúmeras obras que, mesmo dispondo de recursos anteriormente, nunca saíram do papel? Não consigo definir se isso é coragem ou “acerto de contas”.

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, permita-me – ou não – fazê-lo um último questionamento: em que manual de ciência política Sua Excelência aprendeu que trabalhar “para o povo” é o mesmo que trabalhar “por cima do povo”?

Merecendo ou não a leitura destes escritos por Sua Excelência ressalto que as indagações acima somente o senhor poderá me esclarecer a contento, sob pena de me avançarem as “primaveras” sem obter-lhes as respostas merecidas. Se bem que a perguntas não respondidas qualquer piauiense já está bem – ou mal – acostumado.