segunda-feira, 23 de abril de 2012

QUEM IMAGINA O RESULTADO?


Votação na Assembléia Legislativa do Piauí. O “cargo da vez” é o de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. 14 são os inscritos para o pleito. Mas – cá entre nós – não vamos perder o meu e o seu tempo discutindo o mais-que-previsível resultado.

Minha surpresa é a surpresa de alguns com o fato. Em tempos de “ficha-limpa” e ano eleitoral surgem arautos dos quatro cantos bradando a ética, a moralidade, a transparência com a coisa pública. Talvez esqueçam que essa estrutura fomos nós que montamos.

Numa eleição para 30 vagas ao cargo de Deputado Estadual nós elegemos 27 que abertamente deram os seus préstimos ao atual Governo – apoiado pelo Governo anterior. Eu não estou falando de maioria: estou tratando de ESMAGADORA MAIORIA. E para os defensores do “poder de plantão” eu faço um alerta antes que me amaldiçoem: não coaduno com a postura dos que se dizem opositores, pelo simples fato de que um único dissidente provou ser mais opositor do que três opositores reunidos.

Admiro o esforço dos demais que se inscreveram para pleitear o cargo. Sabemos que remarão contra a maré. Não me conformo, contudo, com a postura de muitos inconformados que ratificaram um Governo problemático, deram ampla liberdade ao colocarem os “fiscalizadores” que este mesmo Governo queria naquela Casa e agora qualificam a situação como um grande absurdo, aviltante, amoral, dentre vários outros adjetivos iniciados com a primeira vogal.

Acompanhemos a reação das organizações civis nesta quarta-feira próxima. Alarde, protestos, medidas judiciais, talvez. Nenhuma, porém, é tão eficiente quanto aquele que depositamos numa caixinha robotizada de dois em dois anos. E enquanto não aprendermos a utilizar continuaremos a achar tudo um absurdo, aviltante, amoral.